terça-feira, 9 de julho de 2013

Ao meu velho amigo...

 Há quanto tempo! 107 anos repletos de esforço, dedicação, devoção e glória. De um verde fresco e, quase sempre, maduro que me faz despertar os sentimentos. A verdade desportiva, e a melhor de todas elas, a do coração, é que gosto de de ti. E gosto da maneira mais pura que pode existir, chegando mesmo a confundir e a questionar o tempo desta nossa amizade e se és tu quem faz parte de mim, ou eu de ti. Ou se, talvez, sejamos um só. Há quanto tempo fazes parte de mim? Acreditas no sempre? Se sim, então é desde esse tempo. Algures no passado devemos ter-nos fundido. Desde sempre e para sempre. O nosso relacionamento é especial e acredito que, talvez por isso, sejamos, por vezes, alvo de olhares maldosos. Sabes o que lhes digo? Azar o deles! Fossem o suficientemente grandes para fazer o melhor contrato do mundo: ser teu amigo. Nesta nossa amizade, apercebi-me de que não existes. E eu também não. Somos. Em união. Confesso-te! Às vezes, é preciso um esforço muito grande para aguentar este barco.E este ano foi particularmente difícil. Tantas, mas tantas partidas que me pregaste. Pensei que era desta que te perdia. Não podes, sequer, imaginar a falta que me fizeste. Não és, e nunca foste, de deitar a toalha ao chão. Mas de tão fundo bateres atentaste à minha integridade física e mental. Pensei em seguir o teu exemplo. Mas...vá lá. Somos equilíbrio e esperança. Quando estavas a cair eu dei-te palmas, voz, corpo, movimento e quando fui eu a tentar desistir surpreendeste-me. Era então que voltava a ganhar fôlego e renovava os nossos votos de eternidade. Acredito em ti e no poder que tens, ou poderás ter, de mudar consciências, conforme cada um te queira compreender. A verdade é que nos dedicamos inteiramente, como uma verdadeira amizade assim o exige. O teu sucesso é para mim a maior alegria, da mesma forma que, o teu sucesso, só faz sentido porque há quem o reconheça. Uma coisa é certa.Apesar dos quilómetros que nos separam estamos sempre juntos, sejam eles tempos fáceis, ou não. E quando é para festejar não há como nós. É como se tudo fosse novo. Como se em toda a vida não tivéssemos vivido antes o sabor da glória. O melhor da nossa amizade é perceber que ela não depende em nada da fama e dos tempos áureos. Os anos ensinaram-nos isso, não achas? Tenho muito orgulho em nós. No nosso investimento constante e sem fundo em valores já há muito perdidos. Na vontade que temos em vestir a mesma camisola, por mais que a responsabilidade pese. Despeço-me com saudades. Muitas saudades tuas. De te ver no lugar que nunca deverias ter deixado de ocupar. Acredita, o teu mal, na verdade, não é teu. É antes dos dias de hoje. Pois, agora, o maior prazer não é o de sonhar, é matar sonhos. A maior loucura é a de desistir e não a entrega total e desprovida de preconceitos. O ódio acima do amor. Como não és assim tentam derrubar-te. Mas não desistas. É essa tua diferença que me faz querer-te tanto. O extraordinário nesta história toda é perceber que esta amizade não é palpável. Embora tragas contigo os grandes homens, só o teu nome é ensurdecedor. És tu quem arrasta as multidões. Por fim, e no decorrer desta longa jornada que é a vida, aprendi que nem eu, nem nenhum dos outros 3 milhões de amigos que tens somos só teus amigos. Não somos do Sporting. Somos o Sporting. Amigo, falta cumprir-se um sonho: Sermos tão grandes como os maiores da Europa. Desejo-te rápidas melhoras. Preciso de ti. Parabéns pelo que és, pelo que construíste e por esta bela idade que em ti conservas. Amigos como tu nunca são velhos. Não têm tempo nem espaço. Vão a todo o lado. São belíssimos!

sábado, 5 de janeiro de 2013

O problema do Sporting, ou o que lhe quiserem chamar, é bem mais que um problema futebolístico. É um problema da modernidade, do mundo dos dias de hoje. O Sporting, o único de Portugal, é isso mesmo, o reflexo de um país em crise, que apesar de já ter sido o rosto com que se fita a Europa, é agora, quem sabe, também uma vítima de todo um sistema do Mundo moderno. Este é cada vez mais o tempo em que se investe na formação, mas as pessoas brilhantes, os “crânios”,cá dentro, não conseguem assegurar o futuro e, portanto, há que partir para o estrangeiro e aí sim, são bem sucedidos e há quem lhes reconheça o valor. É por isso que a Academia investe na formação, mas depois também deixa os super miúdos partir para outros clubes e aí até já são eleitos os melhores jogadores do Mundo. Se uma comunidade internacional é capaz de gastar milhões de euros em missões secretas para matar homens, mas depois não é capaz de salvar as crianças desses mesmos países da miséria, porque não há-de um pseudo polícia gastar dinheiro em esquemas de espionagem sem se preocupar com os sócios? Se a Merkel e o Sarkozy se juntam, porque não o Godinho aliar-se ao Pinto da Costa? Se há quem já adquira nova nacionalidade para fugir ao fisco, porque não vai o João Moutinho trocar o SCP pelo Porto? No mundo em que vivemos a Guerra move interesses e muito dinheiro, porque vai o futebol ser diferente? Está tudo trocado, está tudo a caminhar sabe-se lá para onde. As almas estão despidas, mas cheias de preconceitos e maldade. A isto chama-se o quê? Mundo moderno? Futebol Moderno? As pessoas esquecem-se que o “essencial”, para além de “ ser invisível aos olhos”, também não se vende nem se compra. Ou se tem ou não. Ou se procura ser a cada dia melhor, ou então, dia após dia tudo será pior. Tal como o Sporting, porque quando eu julgo que já batemos no fundo e não há nada pior para acontecer, sou surpreendida. A história é feita de homens e dos erros dos mesmos.Eu pensei ter escolhido duas cores diferentes e sentia-me orgulhosa por isso, mas enganei-me, errei. Assim como quando pensei que o Mundo era o sítio ideal para viver. Resta-me alguma esperança, pouca é certo, de que um dia a humanidade mude e, consequentemente, que o meu Sporting volte ao que era. Às vezes, penso que teria sido melhor viver num outro tempo, onde a verdade e os valores existissem, de facto, e também aí seria possível acreditar em amores sinceros e eternos. Talvez nesse tempo eu tivesse conhecido um outro Sporting, aquele que eu não conheci, mas que ainda assim me apaixonei. É triste pensar que tudo isto é o início do fim de um grande amor, mas é também sufocante pensar que este é o resultado da modernidade.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A nós e aos nossos 105 anos

Há 105 anos atrás, poucos de nós estavam cá, arriscaria mesmo a dizer que desses tempos já não está cá ninguém. O que é certo,porém, é que se há datas marcantes, o primeiro de Julho de 1906 é uma delas pois, nasceu aquele que viria a ser o clube dos nossos corações. Que nos desculpem as grandes datas da história do Mundo, até mesmo os grandes Homens e as grandes descobertas,mas para nós não há nada que se iguale às nossas duas cores.
Hoje, não está só o Sporting de Parabéns,mas estão todos aqueles que desde o início acreditaram que podíamos ser uma potência desportiva cá dentro e lá fora. Estão aqueles que resistiram às diversas adversidades com que nos deparámos ao longo da história. Porque ao contrário do que dizem, os adeptos não são marginais. Pobres daqueles que assim pensam, pois têm essas opiniões pré-históricas criadas por outros e adquiridas por muitos que não sabem do que falam. Esses são uns fracos, porque nunca tiveram a coragem de vestir a camisola, não sabem o que é partir rumo a qualquer lugar muitas vezes com dois tostões no bolso. Esses que preferem as festas sociais ao convívio entre gerações junto às “roulotes” nunca saberão entender um olhar que,por vezes, é de descontentamento outras vezes de pura felicidade. Esses que não têm a coragem de amar o clube pois o medo de perder é grande,não devem falar . E digo mais, não devem ser esses a impedir-nos de continuar a ser o que sempre fomos. Chamem-nos o que quiserem, doentes ou delinquentes, mas eu cá chamo-vos de família. Sempre nos intitularam de diferentes e espero que assim seja por muito mais tempo.Porque é o que realmente somos . Tenho a profunda convicção de que haverá poucos como nós, capazes dos actos de amor inconscientes, pois são espontâneos e sinceros.
Já não digo que os nossos sorrisos e lágrimas dariam uma bela peça de arte. Já não digo que as nossas movimentações são cultura. Somos mais do que isso, somos já património do Sporting e de Portugal…é esta a verdade, doa a quem doer. E tudo isto para dizer que foi graças a grandes pessoas do passado e do presente que o nosso clube conseguiu atingir esta bela idade. Por isso,mais uma vez,parabéns a todos os sportinguistas,porque sem eles nada era possível. E termino pedindo que continuem a transmitir esta nossa chama às gerações futuras,porque garanto-vos,se assim for iremos conseguir que o Sporting seja eterno mesmo que nós sejamos ainda e apenas passageiros. Até daqui a 105 anos, porque essa a única certeza que eu tenho, esteja eu onde estiver o melhor do Mundo és tu Sporting , Sporting , Sporting…

quinta-feira, 1 de julho de 2010

104 anos

O tempo passa, nós voamos. .

São 104 anos de história. Bem, talvez não sejam bem de história,mas sim de histórias. A minha, a tua, e a de tantos sportinguistas. Todas elas diferentes e iguais, pois, por trás há sempre inúmeras pessoas com o mesmo sentimento. No dia em que te escolhemos passamos a fazer parte de ti e tu de nós, é a história de cada um, mas na qual tu fazes parte.
Já viste? Somos tantos…éramos muitos e seremos imensos.
Neste tempo todo guardas-te em ti tantas recordações. Vivemos numa selva feita de imagens, de memórias, sensações, que nos levam a recordar mágoas e alegrias de hoje e de ontem. Esta selva que é a vida é bem dura. Todos precisamos de um reino, e todo o reino precisa de um rei...
Eu oiço…ruges alto e forte, é rugido de leão. Nosso e de todo o Mundo, fazes inveja, fazes sofrer. És o nosso símbolo, do qual nos orgulhamos. Único e corajoso, sofremos contigo. A ganhar ou a perder, és nosso até morrer. E nas derrotas ainda te queremos mais, temos necessidade de te apoiar e agarrar.Com garras bem afiadas nunca te iremos deixar. No mais profundo do vazio, irás sempre ouvir Amo-te Sporting, porque amor que é verdadeiro é eterno.
Como eu não sou o rei e sou voador, irei desaparecer com o tempo. Já tu, rei leão, irás sempre ser símbolo, irás sempre ser verde e viverás para sempre, quanto mais não seja dentro de nós, porque esta chama verde e branca é aquela que nunca se apaga.
Por isso, nesta selva à qual todos nós pertencemos, tenho muito orgulho em dizer que sou Sporting.
A todos os que um dia o tornaram real, um muito obrigada. Obrigada,simplesmente por existires...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

"A carta que nunca escrevi..."

Com o tempo fui percebendo que para ser feliz é preciso tê-lo comigo.
Não sei bem como é que tudo começou, mas ainda bem que esse dia chegou. Lembro-me das histórias contadas, passadas de geração em geração. Umas vezes, é certo, eram tempos vitoriosos, outros nem tanto…mas, o que me encantava era a forma como eu ia tendo contacto com este novo amigo. Qualquer pessoa que falasse dele, independentemente do tempo, tinha as palavras mais saborosas de sempre. E o brilho nos olhos, esse sim, cativava-me. Via nele recordações, mas ao mesmo tempo a esperança de inúmeras gerações. Apesar de tão tenra idade tudo aquilo mexia comigo, questionava-me como se podia gostar assim de alguém e tinha em mim a mais profunda vontade de um dia também me juntar àquele grupo de “amigos”.
Nunca poderei apagar da memória os anos com ele vividos. Quem sabe, poderei esquecer alguns momentos por uns tempos, mas mais tarde ou mais cedo eles voltam. Nessa altura, dou conta que não passo sem ele e é ai que vejo que o “agora” vale tanto a pena como o passado.
Este meu amigo, faz esquecer-me das coisas frias e vazias da vida, dá-me momentos únicos de cantorias,mas também de momentos profundos de choradeira. Não, não os levo como algo negativo, muito pelo contrário,faz sentir-nos vivos e com garra para novos caminhos. Aí, por mais pedras que hajam, caminharemos sempre lado a lado com o direito de viver a nossa paixão da maneira única que aprendemos a vivê-la.
Um amigo de muitos anos…de muitos dias, muitas noites. De jornadas e jornadas. De sorrisos convictos e lágrimas. Quantas vezes sofro por ele. Às vezes está mesmo no fundo e ouço vozes gritantes que me dizem para o deixar, que isto não é vida. Mas conseguimos sempre dar a volta. É que por mais fracassos que tenha, este é um amigo respeitado e bastante orgulhoso do seu nome.
Gosto muito dele, eu e milhões. Nunca o deixamos sozinho em casa e apoiamos vivamente.
A mim, como grande amiga cabe-me continuar a ajudá-lo. Farei aquilo que um dia me fizeram. Transmitirei as histórias por mim ouvidas e também as vividas. Nunca nenhuma foto, nenhum vídeo, nenhuma palavra conseguirá descrever as histórias com tanta perfeição quanto aquela que só nós, os verdadeiros sabemos.
Irei ser apologista das crianças vestidas de verde e branco da cabeça aos pés e chupeta na boca. Apoiarei os rapazes que deixam a namorada para trás, porque têm que conviver com este amigo. Admirarei os homens que chegam cansados do trabalho, bolsos vazios, mas que vêm com vontade de calar qualquer um, sem medo.
Sorrirei ao ver os meus amigos velhotes sentados sempre no mesmo lugar, de camisola vestida e rádio na mão, a cerrarem os dentes e a protestar, mas sei que estarão sempre lá.
Garanto-vos, este meu amigo nunca cairá nos campos do esquecimento, porque este meu amigo é o Grande Sporting Clube de Portugal.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Carvalhal

Foi há pouco tempo, enquanto a nossa Natureza ardia…
Foi fogo duro. Nem imaginam o quanto custou ver o verde que tanto gostamos assim, envolto de chamas que pareciam não mais ter fim…
De entre muitos “carvalhos” soltos houve um Carvalhal que se agarrou. De tantos bombeiros falados, foi ele que se lançou. Apareceu como um bom bombeiro deve ser. Discreto e simples, mas com a garra de querer. Veio com vontade de apagar o fogo, com alguma pressa é certo…quis regar cada planta e mostrar que cada uma, uma à uma, tem valor individual. No entanto, uma só planta por mais bonita e talentosa que seja, não chega para criar a Natureza.
Mas que Homem foi ele…e digo foi, não porque já não o seja, mas porque está prestes a ir. Quem sabe para um novo combate…
Com ele aprendemos que Homem é aquele que se mantém fiel aos seus valores. O ser bom não é só ter o mais valioso jardim, mas sim conforme aquele que tiver, acolhê-lo e tratá-lo de corpo e alma. Só assim podemos ir à luta!
Certamente é isso que está a faltar aos nossos campos, ainda pouco verdejantes.
Obrigado por entrar num dos jardins mais aliciantes, embora naquele tempo fosse “perigoso”.
Obrigado, por simplesmente ter atenuado a dor que pairava junto de nós.
Sabe, agora somos uma Natureza a renascer. Espero que rapidamente, mas se assim não for, não desanimo. Tenho o maior orgulho nas minhas plantas, no meu verde por Natureza. Esse verde que nunca se apaga, por mais anos de dor, sinto que é meu. E se é meu, é para toda a vida.
E eu sei, que a realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize como por magia, mas não. Tal como num jardim é preciso água, também no sonho é necessário combustível. O meu sonho ninguém o tira de onde está, pois quem não quer fazer nada encontra uma desculpa, quem quer fazer alguma coisa encontra um meio.

Obrigado Carvalhal

sábado, 10 de abril de 2010

Sonhos!

Todo o Homem sonha. Há sonhos grandes, pequenos, sonhos bonitos e feios, mas o importante é sonhar…
O meu sonho, é para uns incompreensível, pois as pessoas são assim. Fazem barulho e ocupam espaço, mas não percebem o seu próprio latim.
Um dia pintei o meu sonho de duas cores…foram tantos os tempos de ausência, tantas palavras por ouvir, outras tantas por dizer, que resolvi assim.
Então parti, num outro Mundo, em busca do desconhecido. Procurei entender e aprender, porque nunca se está convencido do modo certo de viver. E assim me lancei à procura de algo que possa responder, qual doença e qual cura desta síndrome do querer.
Mas não dá para perceber. É sensação de pertença, brilho nos olhos, força e querer.
Pois tu, tal como uma vela na noite escura, tens o dom de alumiar as pessoas. Como um murmúrio no meio do silêncio, consegues despertar-nos. Como água no meio do deserto, fazes com que te procuremos. Como um filho entre irmãos, tens também a capacidade de seres diferente e igual, pequeno e grande, a cada dia que passa.
Tenho saudades,quero estar sempre presente.Talvez um dia.Por enquanto partilho as histórias que só nós sabemos.
Mas olha, guardei sonhos para te dar, guardei-os na minha vida, no meu coração. Guardei-os num pedaço de céu, junto da estrela mais brilhante. Aí estão seguros. Longe dos que não amam, longe daqueles que,por vezes, nos separam.
Dói ter-te longe, mas acalma-me saber que estou sempre a teu lado. Onde quer que vá sou capaz de gritar bem alto, mas mais que isso, tenho orgulho em ser Sporting!
Por isso, nunca termines…tenho sonhos para te dar!

"ATÉ MORRER SPORTING ALLEZ!"

quarta-feira, 31 de março de 2010

VIVER!

Adeptos…tudo se resume ao nós.
Tal como na vida, no futebol ou se crê ou não, ou se ama ou se odeia. A diferença é que aqui as crises, duram simplesmente uma (s) jornada (s). É fantástico quando o nosso clube ganha, e trágico quando perde. Vivem-se momentos de euforia e sofrimento no mesmo minuto.
O amor por um clube é um amor tolo. Faça chuva ou faça sol, lá vamos nós, estrada fora onde for preciso. De Viana ao Algarve, passando pelas terras mais desconhecidas, assim somos nós. Amor é isto mesmo, precisar de estar na bancada a bater palmas, festejar o golo e chorar as derrotas, ou até insultar o árbitro e a sua família, sem nunca esquecer os adversários.
O amor a um clube é sincero. Sincero, na medida em que não esperamos mais nada na vida que uma vitória. É ouvir o parceiro do lado a gritar inúmeras vezes “SPOOOOOOOOOOOORTING”até ficar rouco. É tudo isto que nos leva aos estádios, a falar com desconhecidos, a conhecer pessoas, a partilhar sorrisos ou umas caretas com “amantes” como nós. Por ti, quase conhecemos as estradas todas do país. Temos bandeiras e cachecóis. Irritamo-nos com os jogadores e dizemos que é a última vez que ali vamos, mas na semana seguinte voltamos. Pode o clube estar sem rumo, perdido na tabela, mas acreditamos que nunca, mas mesmo nunca irá acabar.
O amor ao Sporting é infinito. Aconteça o que acontecer estamos lá na próxima oportunidade, prontos para mais 90 minutos de cânticos entoados do coração, ainda que esse, esteja magoado com o resultado anterior.
Mas, se eu pudesse mandar, jogarias em todos os campos 9000 minutos regulamentares, sem haver faltas a não ser aquela que tu me fazes. Haveriam prolongamentos…prolongamentos dos dias mais felizes. As fintas? Só mesmo as que a vida me pregaria para me afastar de ti.
Sou feliz assim! Porque isto não é desporto, é tudo para quem tem pouco e algo mais para aqueles que já têm tudo…!

SPORTING SEMPRE!

sábado, 13 de março de 2010

Sporting do meu coração

A humanidade adora teorias ,até diziam que futebol não era coisa para mulheres. O futebol não se define, amam homens, mulheres, crianças. Amam os animais. Nunca pensei render-me assim. Agora percebi que não é uma questão de querer, somos dominados. O meu clube domina-me, independentemente do sexo e da idade. É a única certeza, é amor para toda a vida. É o primeiro amor, aquele que faz o coração acelarar a cada partida e o peito apertar, na ansiedade de saber se vai correr bem ou não. É o namoro, por vezes não correspondido, mas com a garantia de eternidade. E é o perdão, mesmo quando os objectivos fogem.
Futebol é comoção nacional. É a casa do sentimento contido e revelado a cada passe. São cores. As minhas duas cores. Ser um só nome vestindo-o dos pés á cabeça. É torcer efusivamente, mesmo sem sair de casa. Gritar ou calar, esperando o que vem a seguir. É chorar como criança, de emoção ou frustração. Este amor é espelho, voz, corpo e movimento. Para mim verde e branco por amor. Futebol é para se levar na desportiva e no coração. É ter a minha preferência, e é ter orgulho de ser. É escolha, liberdade, paciência. Apoiar, é simplesmente uma carta de amor. O meu futebol é bicolor. Tem fé e é corajoso assim como eu. Assim como nós que sabemos acreditar após dezoito anos. É memória e é caminho sem volta, quando já me sinto tão dele, e ele, quando já me é muito ou mesmo tudo.
O meu futebol em duas cores se deslumbra. Sou Sporting Clube de Portugal. E ser Sporting Clube de Portugal é ser paz. Um centro altruísta, capaz de olhar o outro, sem se esquecer de si próprio. Não é ego, é amor. É inteligência, na medida em que se aprecia as vitórias com simplicidade e encara as derrotas de cabeça erguida, entendendo assim a útil diferença entre ser e estar. O Sporting sabe ser…eterno. Possui gestos fortes, mas nunca violentos.
E concluo, sem teoria, o Sporting simplesmente é. E ser já é muito. Eu sinto. É existencial, é saber crescer e acima de tudo é amor próprio, amor ás nossas cores, amor àquilo que foi a nossa simples e eficaz escolha, Sporting.

sábado, 6 de março de 2010

SOMOS NÓS!

Só o Sporting pode dar a fé,
Mas tu podes crer…
Só o Sporting pode dar a esperança,
Mas tu podes acreditar…
Só o Sporting pode dar amor,
Mas tu podes amar…
Só o Sporting pode dar força,
Mas tu podes lutar…
Só o Sporting é o caminho,
Mas tu podes caminhar…
Só o Sporting é a luz,
Mas tu podes brilhar…
O Sporting basta-se a Si próprio,
Mas prefere contar contigo, porque o Sporting somos nós!