quinta-feira, 6 de maio de 2010

Carvalhal

Foi há pouco tempo, enquanto a nossa Natureza ardia…
Foi fogo duro. Nem imaginam o quanto custou ver o verde que tanto gostamos assim, envolto de chamas que pareciam não mais ter fim…
De entre muitos “carvalhos” soltos houve um Carvalhal que se agarrou. De tantos bombeiros falados, foi ele que se lançou. Apareceu como um bom bombeiro deve ser. Discreto e simples, mas com a garra de querer. Veio com vontade de apagar o fogo, com alguma pressa é certo…quis regar cada planta e mostrar que cada uma, uma à uma, tem valor individual. No entanto, uma só planta por mais bonita e talentosa que seja, não chega para criar a Natureza.
Mas que Homem foi ele…e digo foi, não porque já não o seja, mas porque está prestes a ir. Quem sabe para um novo combate…
Com ele aprendemos que Homem é aquele que se mantém fiel aos seus valores. O ser bom não é só ter o mais valioso jardim, mas sim conforme aquele que tiver, acolhê-lo e tratá-lo de corpo e alma. Só assim podemos ir à luta!
Certamente é isso que está a faltar aos nossos campos, ainda pouco verdejantes.
Obrigado por entrar num dos jardins mais aliciantes, embora naquele tempo fosse “perigoso”.
Obrigado, por simplesmente ter atenuado a dor que pairava junto de nós.
Sabe, agora somos uma Natureza a renascer. Espero que rapidamente, mas se assim não for, não desanimo. Tenho o maior orgulho nas minhas plantas, no meu verde por Natureza. Esse verde que nunca se apaga, por mais anos de dor, sinto que é meu. E se é meu, é para toda a vida.
E eu sei, que a realização de um sonho depende da dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize como por magia, mas não. Tal como num jardim é preciso água, também no sonho é necessário combustível. O meu sonho ninguém o tira de onde está, pois quem não quer fazer nada encontra uma desculpa, quem quer fazer alguma coisa encontra um meio.

Obrigado Carvalhal

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